Hoje, à saída da biblioteca, fui comer qualquer coisa com um amigo libanês e outro americano (eles não se conheciam); sentados à mesma mesa, num diálogo não extraordinariamente fluido, mas normal.
O Obama ganhou o prémio Nobel da Paz por muito menos... (e muito jeito me dava o dinheiro agora...).
Sunday, 17 January 2010
Coimbra e Zeca Afonso
Esta noite não paro de escrever, mas tenho ideias acumuladas na cabeça destes últimos tempos, ou então simplesmente apetece-me, ou então estou farto de econometria.
Já não vou a Coimbra para aí desde que tenho 12 anos ou coisa assim. Vergonha, e agora ainda mais, com tantos ex-alunos de Coimbra de quem gosto tanto.
Coimbra deve ser, sem dúvida, uma cidade muito especial. Recordar-me-ei sempre de uma noite, na festa do Avante, onde fui com um bom amigo que o rio do tempo deixou para trás numa qualquer margem. Telefona-me: queres ir ao Avante hoje à noite? Ok, embora, mas como entramos, e onde dormimos? não interessa, logo se vê, ok vamos embora" e lá fomos.
A primeira noite foi divinal, e dormimos junto ao lago, lá em baixo, debaixo de um saco de cama de alguém. Só se podia comprar à noite bilhete para o fim de semana todo, portanto ficámos também Sábado. Mas perdemo-nos na confusão, e nenhum dos dois tinha telemóvel na altura. Fiquei sozinho na festa, e não mais o vi.
Nessa noite, quando todas as barraquinhas já tinham fechado, o que acontecia relativamente cedo, chego-me à barraca de Coimbra onde ainda se cantava noite fora, numa atmosfera verdadeiramente excepcional. Ali me sentei num canto, a ouvir baladas de Coimbra umas atrás das outras, numa atmosfera de verdadeira magia.
Zeca Afonso canta essa magia. A voz dele, com esta imensa densidade que tem a História e o sofrimento e a tortura e a luta e a nostalgia lá dentro. A letra, que desperta esta faceta de ser português a um emigrante como eu. Esta música, que não posso partilhar como ninguém aqui, e que portanto nesta noite solitária é só minha:
Já não vou a Coimbra para aí desde que tenho 12 anos ou coisa assim. Vergonha, e agora ainda mais, com tantos ex-alunos de Coimbra de quem gosto tanto.
Coimbra deve ser, sem dúvida, uma cidade muito especial. Recordar-me-ei sempre de uma noite, na festa do Avante, onde fui com um bom amigo que o rio do tempo deixou para trás numa qualquer margem. Telefona-me: queres ir ao Avante hoje à noite? Ok, embora, mas como entramos, e onde dormimos? não interessa, logo se vê, ok vamos embora" e lá fomos.
A primeira noite foi divinal, e dormimos junto ao lago, lá em baixo, debaixo de um saco de cama de alguém. Só se podia comprar à noite bilhete para o fim de semana todo, portanto ficámos também Sábado. Mas perdemo-nos na confusão, e nenhum dos dois tinha telemóvel na altura. Fiquei sozinho na festa, e não mais o vi.
Nessa noite, quando todas as barraquinhas já tinham fechado, o que acontecia relativamente cedo, chego-me à barraca de Coimbra onde ainda se cantava noite fora, numa atmosfera verdadeiramente excepcional. Ali me sentei num canto, a ouvir baladas de Coimbra umas atrás das outras, numa atmosfera de verdadeira magia.
Zeca Afonso canta essa magia. A voz dele, com esta imensa densidade que tem a História e o sofrimento e a tortura e a luta e a nostalgia lá dentro. A letra, que desperta esta faceta de ser português a um emigrante como eu. Esta música, que não posso partilhar como ninguém aqui, e que portanto nesta noite solitária é só minha:
Aprendendo...
Acredito seriamente que componente importante de uma amizade duradoura é uma certa dimensão de admiração. O reconhecer no outro a luz de farol que indica uma costa da qual nos queremos aproximar mais um pouco. Seja algo que temos e queremos preservar, seja algo que não temos e queremos almejar. Menos frequente, também se dá o terceiro caso de algo que não temos nem almejamos particularmente, mas que estimamos e admiramos no outro. Há claro, as outras amizades também, as amizades "históricas", aquelas pessoas que nos conhecem muito bem, com quem se "está mesmo bem", e que são mesmo boas de preservar. Mas os vários afastamentos (tempo, distância, trabalho, etc) tendem a carcomir estas bem mais depressa que as primeiras.
Os amigos do primeiro tipo chamam-se irmãos, o de sangue e aqueles que, não o sendo, sabem ao ler isto que o são. São pessoas que nos dão vontade de saber mais, sentir mais, de enriquecer interiormente. Que chamam a atenção para a Beleza à nossa volta.
Tenho consumido o meu I-touch incessantemente também para música mas principalmente para imensos podcasts. Além dos da Economist e tal, estou fascinado por esta coisa que é a i-Uni! Aulas gravadas, as que tenho ouvido da universidade de Berkeley, e reproduzidas como podcasts. Comecei a fazer três cursos: o de Existencialismo, o de Macroeconomia (para arrumar ideias já esquecidas) e o de História, começando no sex. XVIII (para arrumar ideias nunca tidas).
Os três professores têm em comum o serem verdadeiras personagens (aqui, de persona, a coisa da máscara e tal), cada um à sua maneira, que inundam um podcast de vida. Estas aulas são, de facto, uma das maravilhas da Web 2.0, que me fazem mesmo não compreender como é que há gente que diz que "não tem nada para fazer".
Os amigos do primeiro tipo chamam-se irmãos, o de sangue e aqueles que, não o sendo, sabem ao ler isto que o são. São pessoas que nos dão vontade de saber mais, sentir mais, de enriquecer interiormente. Que chamam a atenção para a Beleza à nossa volta.
Tenho consumido o meu I-touch incessantemente também para música mas principalmente para imensos podcasts. Além dos da Economist e tal, estou fascinado por esta coisa que é a i-Uni! Aulas gravadas, as que tenho ouvido da universidade de Berkeley, e reproduzidas como podcasts. Comecei a fazer três cursos: o de Existencialismo, o de Macroeconomia (para arrumar ideias já esquecidas) e o de História, começando no sex. XVIII (para arrumar ideias nunca tidas).
Os três professores têm em comum o serem verdadeiras personagens (aqui, de persona, a coisa da máscara e tal), cada um à sua maneira, que inundam um podcast de vida. Estas aulas são, de facto, uma das maravilhas da Web 2.0, que me fazem mesmo não compreender como é que há gente que diz que "não tem nada para fazer".
Terra Sonâmbola, Mia Couto
Não marca como a Imortalidade, o livro que li antes. Mas não deixa de ser saborosa a linguagem doce e recriada de Mia Couto, as palavras inventadas mas túrgidas de significado e de poder de evocação. E de ser tocante a tristeza de um país marcado pela guerra, no caso Moçambique, onde todas as esperanças ou sequer a esperança em um dia voltar a ter esperança, feneceram. Dois excertos, do princípio e do fim:
"O menino estava já sem estado, os ranhos lhe saiam não do nariz mas de toda a cabeça. O velho teve que lhe ensinar todos os inícios: andar, falar, pensar. Muidinga se meninou outra vez. Esta segunda infância, porém, fora apressada pelos ditados da sobrevivência. Quando iniciaram a viagem já ele se acostumava de cantar, dando vaga a distraídas brincriações. No convivio com a solidão, porém, o canto acabou por migrar de si. Os dois companheiros condiziam com a estrada, murchos e desesperançados."
"A estrada me descaminhou. O destino o que é senão um embriagado conduzido por um cego? Fui sendo levado sem conta nem tempo."
Agora, dois dias para digerir, e segue-se o Mrs. Dalloway, de Virgínia Woolf.
"O menino estava já sem estado, os ranhos lhe saiam não do nariz mas de toda a cabeça. O velho teve que lhe ensinar todos os inícios: andar, falar, pensar. Muidinga se meninou outra vez. Esta segunda infância, porém, fora apressada pelos ditados da sobrevivência. Quando iniciaram a viagem já ele se acostumava de cantar, dando vaga a distraídas brincriações. No convivio com a solidão, porém, o canto acabou por migrar de si. Os dois companheiros condiziam com a estrada, murchos e desesperançados."
"A estrada me descaminhou. O destino o que é senão um embriagado conduzido por um cego? Fui sendo levado sem conta nem tempo."
Agora, dois dias para digerir, e segue-se o Mrs. Dalloway, de Virgínia Woolf.
Saturday, 16 January 2010
Does size matter?
Tenho andado um pouco embasbacado com a dimensão, a dimensão da obra de arte.
Para um tipo como eu, com uma janela de atenção de cerca de três minutos antes de o cérebro virar para outras paragens (olha, que giro, porque é que aquele coelho está a olhar para mim?), tenho mesmo dificuldade em perceber como se estruturam, como se criam com a dimensão de unidade, de coerência interna, obras tão extensas como a oitava sinfonia de Bruckner, ou como a segunda de Rachmaninoff que ouvi outro dia na Philarmonie, ou romances como os de que falou Pamuk outro dia como o Crime e Castigo ou o Anna Karenina, ou mesmo outros pequenos, como o que acabei de ler ontem, Terra Sonâmbola, de Mia Couto.
Como consegue um autor dirigir um pensamento, por exemplo o musical, em frases tão amplas, ondas de tensão e distensão que acompanho mas que nem sempre sei onde me levam.
Quando ouvimos Mozart, basta segui-lo. Sentimo-nos como uma criança de sete anos de mão dada com o Pai a atravessar a estrada, perfeitamente confiantes e seguros de estarmos no caminho certo. Seguimos o pensamento musical. Não quero com isto dizer: sabemos exactamente o que esta música nos quer dizer, como "esta música simboliza uma imagem primaveril, com passarinhos a cantar, folhas amarelas abanando levemente nas árvores e o cheiro a relva molhada emanando da terra". Mas há uma intuição, o nosso espírito "percebe".
Mas nestas obras de dimensão infinita, sinto-me perdido. Nem sempre a minha intuição consegue encontrar o seu espaço quando a oiço, e ainda menos o meu intelecto sentir-se guiado ou interpelado para algo vagamente concreto. Sim em pequenos segmentos, mas algures de seguida, passado um, dois, dez minutos, perde o todo.
Mas mais que a dificuldade na apreensão, é o problema da concepção que me intriga. É mesmo a tentativa de perceber como foi aquele pensamento estruturado na cabeça do autor. Perceber como, por exemplo, na Imortalidade de Kundera aquelas 10 páginas não estão lá aleatoriamente, mas fazem parte de uma matriz global da qual, se não apreendo o sentido, não apreendo a obra. E na oitava de Brucker, há muitas "dez páginas" em que não apreendo o sentido. E portanto, ainda não apreendi a obra.
Claro, é sabido que a oitava vai requerer de mim bem mais do que uma simples audição, que aquele monstro necessita de ser ouvido e digerido e, é verdade que nem tudo o que é bom tem de ser fácil e imediato.
Mas não deixa de intrigar a um tipo que escreve umas linhas e sente que escreveu uma coisa sem estrutura, meio devaneante, em que nem conseguiu dizer bem o que queria dizer, que alguém consiga explorar uma ideia ao longo de páginas e páginas de música ou prosa e com isso formar uma ideia coerente, uma unidade.
Para um tipo como eu, com uma janela de atenção de cerca de três minutos antes de o cérebro virar para outras paragens (olha, que giro, porque é que aquele coelho está a olhar para mim?), tenho mesmo dificuldade em perceber como se estruturam, como se criam com a dimensão de unidade, de coerência interna, obras tão extensas como a oitava sinfonia de Bruckner, ou como a segunda de Rachmaninoff que ouvi outro dia na Philarmonie, ou romances como os de que falou Pamuk outro dia como o Crime e Castigo ou o Anna Karenina, ou mesmo outros pequenos, como o que acabei de ler ontem, Terra Sonâmbola, de Mia Couto.
Como consegue um autor dirigir um pensamento, por exemplo o musical, em frases tão amplas, ondas de tensão e distensão que acompanho mas que nem sempre sei onde me levam.
Quando ouvimos Mozart, basta segui-lo. Sentimo-nos como uma criança de sete anos de mão dada com o Pai a atravessar a estrada, perfeitamente confiantes e seguros de estarmos no caminho certo. Seguimos o pensamento musical. Não quero com isto dizer: sabemos exactamente o que esta música nos quer dizer, como "esta música simboliza uma imagem primaveril, com passarinhos a cantar, folhas amarelas abanando levemente nas árvores e o cheiro a relva molhada emanando da terra". Mas há uma intuição, o nosso espírito "percebe".
Mas nestas obras de dimensão infinita, sinto-me perdido. Nem sempre a minha intuição consegue encontrar o seu espaço quando a oiço, e ainda menos o meu intelecto sentir-se guiado ou interpelado para algo vagamente concreto. Sim em pequenos segmentos, mas algures de seguida, passado um, dois, dez minutos, perde o todo.
Mas mais que a dificuldade na apreensão, é o problema da concepção que me intriga. É mesmo a tentativa de perceber como foi aquele pensamento estruturado na cabeça do autor. Perceber como, por exemplo, na Imortalidade de Kundera aquelas 10 páginas não estão lá aleatoriamente, mas fazem parte de uma matriz global da qual, se não apreendo o sentido, não apreendo a obra. E na oitava de Brucker, há muitas "dez páginas" em que não apreendo o sentido. E portanto, ainda não apreendi a obra.
Claro, é sabido que a oitava vai requerer de mim bem mais do que uma simples audição, que aquele monstro necessita de ser ouvido e digerido e, é verdade que nem tudo o que é bom tem de ser fácil e imediato.
Mas não deixa de intrigar a um tipo que escreve umas linhas e sente que escreveu uma coisa sem estrutura, meio devaneante, em que nem conseguiu dizer bem o que queria dizer, que alguém consiga explorar uma ideia ao longo de páginas e páginas de música ou prosa e com isso formar uma ideia coerente, uma unidade.
Bruckner
O fim do ano que passou foi também caracterizado pela escassa audição de música, nomeadamente ao nível da descoberta de novas coisas. Na verdade, se pensar bem, o ano que passou foi todo ele mais ou menos assim caracterizado.
Eis algo a mudar em 2010, e em Janeiro o mês é para ser consagrado a Bruckner, coisa que vinha já do final de 2009. Infelizmente tenho muito pouca música de Bruckner aqui no meu computador. Mas comecei a descoberta pela sinfonia nº2, cujo princípio aqui vos deixo, talvez numa versão mais rápida do que eu gostaria, mais rápida do que a versão em que a tenho ouvido dirigida por Eugen Jochum. É uma sinfonia de dimensão bastante razoável, a contrastar com outras de Bruckner, como a oitva, absolutamente monstruosas. É também uma sinfonia bastante "lírica", nomeadamente o seu segundo andamento,enfim num certo sentido diria bastante clássica. O terceiro andamento, sim, impõe já um certo freio nos dentes, para terminar novamente com alguma harmonia.
A descoberta da quarta a dita Romântica (não no sentido de dar flores à namorada, mas no seu verdadeiro sentido) ainda vai a meio caminho, mas é claramente já material diferente. A oitava, meus caros é muito, muito difícil e muito, muito longa, e vai requerer bem mais tempo até afundar!
Anteontem veio à minha faculdade, a Humboldt, o prémio Nobel da Literatura de 2006: Orhan Pamuk. A palestra que deu era subordinada ao tema (transcrevendo no original): "What happens to us when we read a novel?". Não foi a melhor coisa que já ouvi, mas foi interessante, e ele revelou-se um tipo com algum humor.
De assinalar o facto de a sala estar tão cheia que pessoas que, como eu, chegaram dez minutos antes de a coisa se iniciar tiveram de ir para outro anfiteatro onde a palestra foi projectada em vídeo. Este último anfiteatro, note-se, estava também ele completamente cheio!
Tuesday, 12 January 2010
Ontem foi dia de regresso à Philarmonie, a Gulbenkian cá do sítio.
Na verdade, não temos muito de que nos queixar em Lisboa. A Gulbenkian acolhe quase todos os grandes que por aqui passam. Ontem foi a Helène Grimaud. A diferença fundamental, é que enquanto em Lisboa tocam com a Orquestra Gulbenkian, aqui tocam com a Filarmónica de Berlim!
Na primeira parte, o concerto de Ravel em Sol Maior. Aqui, o andamento pelo qual o concerto é conhecido, o segundo:
Não fiquei extraordinariamente impressionado com o pianista Grimaud, mas o mesmo não posso dizer da mulher Grimaud! A entrada dela em palco, toda a sua postura, é de uma elegância, de uma delicadeza, ela é tão tão bonita, ao piano! Parece que em fotografia não fica lá tudo, mas é mais ou menos assim:
Segunda parte: segunda sinfonia de Rachmaninoff.. Difícil, enormes frases, ondas sonoras que se elevam e se apagam, numa constante dialética, nem sempre fácil de seguir.. Mas um bom maestro, um belo som, e uma sala rendida, o que não é nada comum! Geralmente, nestes concertos, os aplausos ficam-se muito mais pela primeira parte (para o solista), e na segunda parte, um breve reconhecimento sonoro à orquestra. Ontem, as palmas para a orquestra e o maestro não paravam de vibrar, uma atmosfera extraordinária!
No fim, conheci duas alemãs e uma belga, muito simpáticas! A Paula, a Laura e a Ruth! Vamos a um museu na quinta! Sim, e viva Berlim!
Na verdade, não temos muito de que nos queixar em Lisboa. A Gulbenkian acolhe quase todos os grandes que por aqui passam. Ontem foi a Helène Grimaud. A diferença fundamental, é que enquanto em Lisboa tocam com a Orquestra Gulbenkian, aqui tocam com a Filarmónica de Berlim!
Na primeira parte, o concerto de Ravel em Sol Maior. Aqui, o andamento pelo qual o concerto é conhecido, o segundo:
Não fiquei extraordinariamente impressionado com o pianista Grimaud, mas o mesmo não posso dizer da mulher Grimaud! A entrada dela em palco, toda a sua postura, é de uma elegância, de uma delicadeza, ela é tão tão bonita, ao piano! Parece que em fotografia não fica lá tudo, mas é mais ou menos assim:
Segunda parte: segunda sinfonia de Rachmaninoff.. Difícil, enormes frases, ondas sonoras que se elevam e se apagam, numa constante dialética, nem sempre fácil de seguir.. Mas um bom maestro, um belo som, e uma sala rendida, o que não é nada comum! Geralmente, nestes concertos, os aplausos ficam-se muito mais pela primeira parte (para o solista), e na segunda parte, um breve reconhecimento sonoro à orquestra. Ontem, as palmas para a orquestra e o maestro não paravam de vibrar, uma atmosfera extraordinária!
No fim, conheci duas alemãs e uma belga, muito simpáticas! A Paula, a Laura e a Ruth! Vamos a um museu na quinta! Sim, e viva Berlim!
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