Tuesday 15 July 2008

Simbolismos

Em geral, tendo a apreciar gestos simbólicos. Mesmo que pequenos ou desarticulados; um pequeno e cuidado gesto encerra geralmente algo de belo.

Mas a pequena metáfora que ele consubstancia tem, indubitavelmente, de ser verdadeira! Caso contrário, o simbolismo torna-se simplesmente patético. Como uma andedota que tem de ser explicada. O efeito morre, o seu autor definha.


Tal vem a propósito da recente cimeira do G8, onde os 8 (+1) chefes de estado presentes resolveram, "simbolicamente", plantar cada um uma árvore. O simbolismo marca uma viragem de atitude, um compromisso sério com o ambiente? Não, celebra a "ambiciosa" meta de reduzir as emissões de gases que provocam o efeito de estufa em 50% até 2050. Bestial! Assim anunciado, sem sombra de objectivos intercalares, contra os quais possamos avaliar o andamento do processo, ou o grau de comprometimento com as suas promessas. Claro, baseadas na credibilidade de quem nem retificou o Protocolo de Quioto (EUA), ou de quem se mostra longe de cumprir as metas intercalares que, este sim, contemplava (UE), pelo menos relativamente ao designado primeiro período de compromisso.

Este compromisso surge, assim, como uma mão cheia de nada. Fica a cândida imagem de G.W. Bush olhando para Merkel, talvez tentando perceber como se usa uma pá.