Acredito seriamente que componente importante de uma amizade duradoura é uma certa dimensão de admiração. O reconhecer no outro a luz de farol que indica uma costa da qual nos queremos aproximar mais um pouco. Seja algo que temos e queremos preservar, seja algo que não temos e queremos almejar. Menos frequente, também se dá o terceiro caso de algo que não temos nem almejamos particularmente, mas que estimamos e admiramos no outro. Há claro, as outras amizades também, as amizades "históricas", aquelas pessoas que nos conhecem muito bem, com quem se "está mesmo bem", e que são mesmo boas de preservar. Mas os vários afastamentos (tempo, distância, trabalho, etc) tendem a carcomir estas bem mais depressa que as primeiras.
Os amigos do primeiro tipo chamam-se irmãos, o de sangue e aqueles que, não o sendo, sabem ao ler isto que o são. São pessoas que nos dão vontade de saber mais, sentir mais, de enriquecer interiormente. Que chamam a atenção para a Beleza à nossa volta.
Tenho consumido o meu I-touch incessantemente também para música mas principalmente para imensos podcasts. Além dos da Economist e tal, estou fascinado por esta coisa que é a i-Uni! Aulas gravadas, as que tenho ouvido da universidade de Berkeley, e reproduzidas como podcasts. Comecei a fazer três cursos: o de Existencialismo, o de Macroeconomia (para arrumar ideias já esquecidas) e o de História, começando no sex. XVIII (para arrumar ideias nunca tidas).
Os três professores têm em comum o serem verdadeiras personagens (aqui, de persona, a coisa da máscara e tal), cada um à sua maneira, que inundam um podcast de vida. Estas aulas são, de facto, uma das maravilhas da Web 2.0, que me fazem mesmo não compreender como é que há gente que diz que "não tem nada para fazer".
Sunday, 17 January 2010
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